19 de fevereiro de 2020 às 08:27
Campanha de vacinação contra o sarampo segue até 13 de março
Campanha de vacinação contra o sarampo segue até 13 de março
A Secretaria de Estado da Saúde realiza, em
parceria com os municípios e o Ministério da Saúde, a primeira etapa da
campanha nacional de vacinação contra o sarampo de 2020, para alcançar crianças
e jovens ainda não imunizados contra a doença.
As doses serão aplicadas em pessoas na faixa etária
de 5 anos a 19 anos. Até o dia 13 de março, as doses estarão disponíveis em
todos os postos de vacinação do Estado de São Paulo. No sábado (15), haverá o
“Dia D”, quando os postos de saúde estarão abertos para facilitar o acesso dos
pais e responsáveis.
A vacina tríplice viral protege contra sarampo,
rubéola e caxumba. É importante comparecer aos postos de saúde com a
carteirinha de vacinação, para que um profissional verifique a necessidade de
aplicação da dose.
O calendário nacional de vacinação prevê a
aplicação da tríplice aos 12 meses e também aos 15 meses para reforço da
imunização com a tetraviral, que protege também contra varicela. Para os bebês
com 6 meses também devem receber a chamada “dose zero”, que não é contabilizada
no calendário.
“É de extrema importância o comparecimento para
atualização da carteira de vacinação. Além de evitar diversas doenças,
contribui para qualidade de vida de todos”, afirma a diretoria de Imunização,
Núbia Araújo.
A vacina é contraindicada para bebês com menos de 6
meses. A recomendação para os pais e responsáveis por crianças nessa faixa
etária é evitar exposição a aglomerações, manter higienização adequada,
ventilação adequada de ambientes, e sobretudo que procurem imediatamente um
serviço de saúde diante de qualquer sintoma da doença, como manchas vermelhas
pelo corpo, febre, coriza, conjuntivite, manchas brancas na mucosa bucal.
Somente um profissional de saúde poderá avaliar e dar as recomendações
necessárias.
A Secretaria também orientou que as salas de
vacinação façam a triagem de crianças que tenham alergia à proteína
lactoalbumina, presente no leite de vaca, para que estas recebam a dose feita
sem esse componente.
Contraindicações
A vacina é contraindicada também para pessoas
imunodeprimidas e gestantes. Pessoas nascidas antes de 1960, na sua maioria, já
tiveram a doença na infância e possuem imunidade (proteção) por toda a vida,
não necessitando ser vacinadas, conforme diretriz do Ministério da Saúde. As
pessoas que tiverem dúvidas quanto à imunização adequada devem procurar um
posto, com a carteira vacinal em mãos, para que um profissional de saúde
verifique a necessidade de aplicação, que ocorrerá de forma “seletiva”, ou
seja, apenas em quem tiver alguma pendência.
O Programa Estadual de Imunização prevê que
crianças e adultos, com idade entre um ano a 29 anos, devem ter duas doses da
vacina contra o sarampo no calendário. Acima desta faixa, até 60 anos, é
preciso ter uma dose. Não há indicação para pessoas com mais de 61 anos, pois
esse público potencialmente teve contato com o vírus, no passado.
Conforme definido pelo Ministério da Saúde, a
campanha também terá uma segunda fase no próximo semestre. Será focada em
pessoas de 30 a 60 anos e acontecerá entre os dias 3 e 31 de novembro.
Cenário epidemiológico de sarampo
O Centro de Vigilância Epidemiológica estadual
realiza monitoramento contínuo da circulação do vírus. Em 2020, até o momento,
foram 1.352 casos, sem óbitos. Em 2019, 16.075 casos e 14 mortes decorrentes de
complicações pelo sarampo.
Vacinação contra febre amarela
No Estado de São Paulo, os postos de saúde
oferecerão também a vacina contra febre amarela, para pessoas a partir de 9
meses. A dose pode ser aplica simultaneamente com a tríplice viral, caso haja
necessidade, em pessoas a partir de 2 anos de idade. Em crianças com idade
inferior, será priorizada a vacina contra o sarampo e agendada a aplicação da
vacina contra febre amarela para quatro semanas depois.
A vacina contra febre amarela leva dez dias para
garantir proteção efetiva, e é fundamental para pessoas que vão circular em
áreas verdes no carnaval, por exemplo. “Aos que tomarem a vacina em período
inferior a dez dias a viagens com esse perfil, recomendamos que evitem adentrar
áreas verdes e usem repelentes e roupas compridas e de cor clara para reforçar
a prevenção”, recomenda a diretora de imunização da Secretaria de Estado da
Saúde, Helena Sato.
Devem consultar o médico sobre a necessidade da vacina
contra febre amarela os portadores de HIV positivo, pacientes com tratamento
quimioterápico concluído e transplantados. Não há indicação de imunização para
grávidas, mulheres amamentando, crianças com até 6 meses e imunodeprimidos,
como pacientes em tratamento quimioterápico, radioterápico ou com corticóides
em doses elevadas (como por exemplo Lúpus e Artrite Reumatoide) e alérgicos a
ovo.
Em 2020, não houve casos da doença, até o momento.
Em 2019, foram 67 casos de febre amarela silvestre, com 13 óbitos.
Vale ressaltar que o tipo de vírus que circula
atualmente em SP é silvestre, transmitidos pelos mosquitos Haemagogus e
Sabethes. Não há relação com o Aedes aegypti. Não há casos de febre amarela
urbana no Brasil desde 1942.
Fonte: Secretaria da Saúde - SP