22 de julho de 2025 Ã s 09:51
Caso Nicolly: adolescentes suspeitos de matar jovem usaram carrinho de mão para levar corpo até lagoa
Nicolly Fernanda Pogere, de 15 anos, foi esfaqueada e esquartejada em crime com "requintes de crueldade" e "violência extrema", segundo PolÃcia Civil.

Os adolescentes de 17 e 14
anos, suspeitos de matar Nicolly Fernanda Pogere, de 15 anos, usaram um
carrinho de mão para levar o corpo da menina até uma lagoa, onde o corpo foi
encontrado em Hortolândia (SP) na sexta-feira (18), segundo a PolÃcia Civil.
Delegado titular do 2º
Distrito Policial de Hortolândia, José Regino Melo Lages Filho informou que o
Corpo de Bombeiros realizava buscas na lagoa, nesta segunda-feira (21), por
partes dos restos mortais de Nicolly.
Nicolly Fernanda Pogere foi
esfaqueada e esquartejada em um crime com "requintes de crueldade" e
"violência extrema", segundo a investigação. O enterro ocorreu sob
protesto em Mococa (SP) na manhã de domingo (20).
De acordo com a polÃcia, um
dos suspeitos apreendidos pela morte de Nicolly é um adolescente de 17 anos,
namorado da vÃtima. Já a menina de 14 anos, também apreendida, mantinha um
relacionamento com o jovem.
Lages Filho afirmou que os
suspeitos disseram que Nicolly os atacou com uma faca e, para evitar a
agressão, eles reagiram e mataram a adolescente. Para o delegado, Nicolly foi
atraÃda até a casa do namorado.
Como o corpo foi encontrado
Um cão farejador da Guarda
Municipal de Hortolândia encontrou o corpo de Nicolly enquanto as equipes
faziam buscas pela vÃtima em um lago, no bairro Jardim Amanda I.
"O avô da menina trouxe
algumas roupas dela e os profissionais do Canil fizeram o reconhecimento do
faro com o cachorro Thor. Foram para o local e fizeram um trabalho de
praticamente 3 horas e meia, que culminou em encontrarem o corpo dessa menina",
disse o secretário de Segurança Pública de Hortolândia, Joldemar Nunes Corrêa.
A PolÃcia Civil informou que
a menina foi esquartejada. O corpo estava enrolado em dois lençóis e em uma
lona azul, parte dele dentro da água. Ainda segundo a polÃcia, o casal de adolescentes
usou um carrinho de mão para levar o corpo até a lagoa.
O pai do namorado de
Nicolly, que não estava em casa no momento do crime, reconheceu os lençóis e a
lona como dele. O adolescente morava com o pai, já que a mãe está presa por um
crime que não foi informado.
O corpo tinha muitas
perfurações de faca, além da inscrição das iniciais do PCC. No interior dos
lençóis, foram encontradas pedras usadas para manter o corpo submerso na lagoa,
caracterizando esforço de ocultação do cadáver.
Segundo Lajes Filho, os dois
adolescentes suspeitos afirmaram que deram apenas uma facada nas costas de
Nicolly, mas o encontro do corpo desmente a versão deles.
"Eles não demonstram
arrependimento, mas falam sim que não era isso que eles queriam e quando
perceberam o que tinha feito resolveram fugir para não sofrer as
consequências", explicou.
O que disseram os suspeitos,
segundo o delegado
Os adolescentes de 17 e 14
anos que confessaram o assassinato da jovem Nicolly Fernanda Pogere, de 15
anos, alegaram legÃtima defesa, segundo a PolÃcia Civil. O delegado que
investiga o caso, José Regino Melo Lages Filho, informou, no entanto, que há
indÃcios de que o assassinato foi premeditado pelos dois suspeitos, que estão
apreendidos e tiveram internação provisória decretada.
"As versões deles são
diferentes para essa suposta legÃtima defesa. Nunca tinha visto nem adulto
fazer isso, ainda mais adolescentes", disse o delegado.
"Eles informam que o
crime foi porque a vÃtima foi à casa do adolescente porque tinha um
relacionamento anterior com ele, não aceitava o fim, flagrou os dois tendo um
relacionamento, ficou com ciúme e quis agredir os dois. Eles dizem que ela
pegou uma faca e eles, para se defender, acabaram esfaqueando ela",
informou o delegado.
"Inicialmente eles
disseram que não tinham a intenção de assassinar a adolescente, mas quando
perceberam o que tinha acontecido, eles tiveram a ideia de esconder o corpo e,
para isso, eles esquartejaram o corpo", completou o delegado.
'Pior dor que uma mãe pode
passar'
O crime chocou familiares e
amigos da vÃtima e surpreendeu a própria polÃcia. Segundo a investigação, os
suspeitos chegaram a escrever a sigla da facção criminosa do Primeiro Comando
da Capital (PCC) no corpo da adolescente para disfarçar a autoria e a real
motivação. O caso é investigado como feminicÃdio.
"A pior dor que
uma mãe pode passar. Luto eterno! Você será amada e lembrada para sempre meu
amor, minha princesa, minha riqueza, meu tudo. Justiça seja feita para esses
monstros e todos que acobertaram. Nada vai te trazer para a mamãe de volta, mas
vamos lutar por justiça", escreveu Priscila Magrin, mãe de Nicolly, em uma
postagem no Fac
Fonte: EPTV CAMPINAS