No Brasil de hoje, elas são maioria — e com folga. Segundo os novos dados da PNAD Contínua, divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira, há cerca de 6 milhões a mais de mulheres do que homens no país. O que significa, em média, 92 homens para cada 100 mulheres. E em estados como Rio de Janeiro e São Paulo, a diferença é ainda mais acentuada, especialmente entre os idosos.

O levantamento mostra que, acima dos 60 anos, o cenário se desequilibra de vez: no Rio, são apenas 70 homens para cada 100 mulheres; em São Paulo, 77. Isso acontece, principalmente, às chamadas causas externas — como violência e acidentes — que atingem com mais intensidade os homens, além da maior expectativa de vida feminina.

Historicamente, nascem mais meninos do que meninas. Mas por volta dos 24 anos, essa curva se inverte. A partir daí, as mulheres passam a ser maioria, reflexo de fatores sociais e biológicos: as mulheres cuidam mais da saúde, vivem mais e frequentam mais os serviços médicos.

A tendência é nacional e se repete em praticamente todos os estados. Apenas dois lugares fogem à regra: Tocantins, com 105,5 homens para cada 100 mulheres, e Santa Catarina, com ligeira maioria masculina.

Segundo o analista do IBGE, William Kratochwill, nascem mais homens, mas morrem mais cedo. E, com o envelhecimento da população brasileira, essa diferença tende a crescer.

Fonte: Agencia Voz