29 de junho de 2020 às 09:06

Grandes empresas abandonam as propagandas no Facebook

Coca-Cola; Unilever, que detém as marcas Omo, Rexona, Confort, Dove, Knor, Maizena, Kibon, Hellman’s; entre outras...<

Crédito:Reuters/Regis Duvignau

A Coca-Cola Company anunciou na sexta-feira (26/06) uma pausa de 30 dias em todo o conteúdo de publicidade patrocinado nas redes sociais Facebook e Twitter. 


Também nesta sexta, a empresa de bens de consumo Unilever que detém as marcas OMO, Rexona, Confort, Dove, Knor, Maizena, Kibon, Hellman’s, entre outras,  suspendeu suas peças nas redes sociais até o final do ano, pelo menos, devido a um "período eleitoral polarizado". 


A Coca-Cola aponta para casos de racismo não solucionados pelas empresas de tecnologia. De acordo com nota assinada pelo CEO, James Quincy, a empresa de bebidas aguarda medidas de transparência e responsabilização dos parceiros de mídias sociais para retornar a investir em publicidade nas redes. 

"Não há lugar para o racismo no mundo e não deve haver nas redes sociais", diz Quincy. "Tomaremos esse tempo para readequar nossas políticas de publicidade e determinar se há revisões necessárias." 


Ao contrário da Unilever e empresas como a de telecomunicações Verizon, a sorveteria Ben & Jerry's, de artigos esportivos como Patagonia, North Face e REI e a agência de emprego Upwork, a Coca Cola informou que essa saída das mídias sociais não significa adesão ao movimento lançado na semana passada #StopHateForProfit ("Detenha o ódio para lucrar") por associações de defesa de afro-americanos e da sociedade civil. 

A campanha, propõe boicotar anúncios no Facebook em julho e conta com o apoio de várias organizações antirracistas, como a Associação Nacional para o Progresso das Pessoas de Cor (NAACP) e a Liga Antidifamação judaica. O objetivo é conseguir uma melhor regulação dos grupos que incitam o ódio, o racismo e a violência nas redes sociais. 


Em resposta, o Facebook diz que investe "bilhões de dólares todos os anos para manter nossa comunidade segura e trabalhamos continuamente com especialistas da sociedade civil para revisar e atualizar nossas políticas" e que continuará trabalhando neste sentido. A empresa diz ter aberto auditoria de direitos civis e que baniu 250 organizações supremacistas brancas do Facebook e Instagram. "Os investimentos que fizemos em Inteligência Artificial nos possibilitam encontrar quase 90% do discurso de ódio proativamente, agindo sobre eles antes que um usuário nos denuncie", afirma. 


Diante da pressão sofrida, o Facebook endureceu suas políticas de mediação de conteúdo, ao proibir mais tipos de mensagens de ódio em anúncios publicitários e começar a colocar advertências nas publicações problemáticas que decidir não eliminar. 

A plataforma agora suprimirá os anúncios que digam que as pessoas de determinadas origens, etnias, nacionalidades, gênero e orientação sexual são uma ameaça para a segurança ou a saúde dos demais, disse Zuckerberg, em um comunicado divulgado em seu perfil no Facebook. 


O Twitter diz que tem como missão "servir à conversa pública" e garantir que o Twitter seja um lugar onde as pessoas possam "estabelecer conexões humanas, buscar e ter acesso a informações autênticas e de qualidade e se expressar de maneira livre e segura".  "Temos desenvolvido políticas e recursos da plataforma no intuito de proteger e servir à conversa pública e, como sempre, estamos comprometidos em ampliar vozes de comunidades sub-representadas e grupos marginalizados", diz a nota. "Respeitamos as decisões de nossos parceiros e continuaremos trabalhando e nos comunicando com eles durante esse período." 


Fonte: G1

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