22 de julho de 2025 às 12:24

Lista de Fraude milionária no Farmácia Popular é descoberta após tráfico de tem São José do Rio Pardo entre cidades paulistas.

as farmácias são da região de Ribeirão Preto 

Crédito:Reprodução

Um esquema de fraude que pode somar aproximadamente R$ 40 milhões contra o programa Farmácia Popular, do governo federal, começou a ser investigado a partir de uma apreensão de drogas, em que parte do entorpecente havia sido entregue em Ribeirão Preto. A informação foi divulgada neste domingo (20), pelo Fantástico da TV Globo.

 

Segundo a PF (Polícia Federal), a investigação revelou um grupo criminoso que usava farmácias de fachada no Brasil para desviar recursos do programa, lavar dinheiro do tráfico e financiar a compra de cocaína na Bolívia e Peru

 

O que aconteceu

Em 2022, a PF apreendeu 191 quilos de drogas com um caminhoneiro que havia saído de Rondônia e deixado parte da carga em Ribeirão e o restante em Luziânia (GO), onde seria recebida por Clayton Soares da Silva, dono de farmácias no Rio Grande do Sul e em Pernambuco. A polícia disse que esses estabelecimentos também integravam o esquema e que Clayton seria o principal operador financeiro da quadrilha.

 

Conforme a reportagem, no celular de Clayton foram encontrados documentos e mensagens que revelaram o funcionamento do grupo.

 

Na sequência da investigação, a PF chegou até Fernando Batista da Silva, conhecido como "Fernando Piolho", apontado como chefe da organização.

 

Segundo a investigação, ele usou o nome da filha para abrir empresas e movimentar dinheiro. A PF aponta que uma das empresas teria recebido mais de R$ 500 mil de pessoas investigadas ou presas por tráfico.

 

O superintendente da PF do Distrito Federal, José Roberto Peres, afirma que organização criminosa utilizou o programa Farmácia Popular para fazer a lavagem de recursos do tráfico e, posteriormente, passou a utilizar o programa social para investir no próprio tráfico de drogas.

A investigação descobriu farmácias registradas em lotes vazios, uma das quais em um terreno com mato em Goiás, que usava telefone de João Pessoa (PB). O número era de Célia Aparecida de Carvalho, suspeita de fornecedora de CNPJs para o esquema. Célia e Fernando chegaram a ser presos e respondem em liberdade.

 

As fraudes envolviam o uso de CPFs e endereços de pessoas inocentes, além da compra e venda de CNPJs por laranjas.

 

De acordo com a polícia, 168 mil CPFs foram usados pela quadrilha com 48 farmácias reais ou de fachada, entre as quais duas na região de Ribeirão Preto, uma em Pirangi e outra em Sertãozinho. Os nomes dos estabelecimentos, contudo, não foram divulgados.

 

O diretor do Departamento nacional de Auditoria do SUS, Rafael Bruxellas Parra, disse que todos os dias são combatidas aproximadamente 140 mil tentativas de autorizações irregulares no programa Farmácia Popular.

 

Para ter acesso a medicamentos gratuitos ou com 90% de desconto, o paciente deve apresentar receita médica, CPF e documento com foto. (Com informações do Fantástico)

 

Outro lado

Célia Aparecida de Carvalho disse em depoimento à polícia que apenas realizou a negociação entre as partes, mas não sabe o que foi feito com as farmácias posteriormente.

 

O defesa de Fernando Batista da Silva confirmou que ele abriu a empresa no nome da filha por conta de restrições e questões bancárias, que o impediram de abrir em seu nome. "Ela [a filha] não tem participação nenhuma em qualquer transferência, pois ele [o pai] que operava a empresa", disse o advogado Cristóvão Machado.

Veja abaixo a Lista das cidades que aparecem no esquema de fraude. Dentre elas, São José do Rio Pardo – SP.




Fonte: A Cidade ON

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